Por
Danilo Alves
Segundo estudo feito pelo sociólogo Mauricio Murad, escritor
do livro: ”A violência no futebol”, entre 1999 e 2008, foram constatadas
aproximadamente 42 mortes envolvendo brigas de torcida. Nos períodos entre
2009, 2010, 2012 foram constatadas 37 mortes, ou seja, tivemos um aumento
exponencial no número de mortes, se compararmos com os primeiros números
divulgados.
Pouco tempo atrás, um fato não noticiado aconteceu com o
torcedor Vitor Kivitz, dentro de um shopping center, em São Paulo. Ele estava
dentro de uma farmácia próxima, a porta de entrada, quando torcedores de uma
torcida organizada do Palmeiras, o avistaram vestindo uma camisa de um time
rival e o agrediram. Veja abaixo o seu relato:
Para o professor e sociólogo Paulo Camargo, “A violência
das torcidas organizadas é uma espécie de cultura. É uma forma de se integrar a
um grupo e esse grupo opera em razão da violência, e essa violência dá um
sentido para a existência deste grupo. E para que esse sujeito participe deste
grupo, deve participar da violência”. Segundo o sociólogo, quando reunidos na
“massa” das torcidas: “Eles têm prazer em ferir o outro, isso alivia a pessoa,
a integra no grupo e satisfaz de certa forma”.
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