segunda-feira, 17 de março de 2014

Aumenta o número de casos violência envolvendo torcidas organizadas

Por Danilo Alves

Segundo estudo feito pelo sociólogo Mauricio Murad, escritor do livro: ”A violência no futebol”, entre 1999 e 2008, foram constatadas aproximadamente 42 mortes envolvendo brigas de torcida. Nos períodos entre 2009, 2010, 2012 foram constatadas 37 mortes, ou seja, tivemos um aumento exponencial no número de mortes, se compararmos com os primeiros números divulgados.

Pouco tempo atrás, um fato não noticiado aconteceu com o torcedor Vitor Kivitz, dentro de um shopping center, em São Paulo. Ele estava dentro de uma farmácia próxima, a porta de entrada, quando torcedores de uma torcida organizada do Palmeiras, o avistaram vestindo uma camisa de um time rival e o agrediram. Veja abaixo o seu relato:

Ainda segundo Kivitz: “Eu sou contra as torcidas organizadas, elas são um câncer no futebol. Eu já estive em um jogo e tive vontade de ir embora, por causa de uma briga entre as organizadas, Independente e Gaviões da Fiel”.

Para o professor e sociólogo Paulo Camargo, “A violência das torcidas organizadas é uma espécie de cultura. É uma forma de se integrar a um grupo e esse grupo opera em razão da violência, e essa violência dá um sentido para a existência deste grupo. E para que esse sujeito participe deste grupo, deve participar da violência”. Segundo o sociólogo, quando reunidos na “massa” das torcidas: “Eles têm prazer em ferir o outro, isso alivia a pessoa, a integra no grupo e satisfaz de certa forma”. 

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