sexta-feira, 16 de maio de 2014

Pós-Copa preocupa setor hoteleiro

A grande oferta de hotéis pode gerar uma crise em algumas cidades que irão sediar o evento
Por Fernanda Clas e Tamiris Mota


            O tema Copa do Mundo ultimamente não tem gerado muitas notícias positivas e vem sendo alvo de críticas e questionamentos quanto a sua realização em terras tupiniquins. No setor hoteleiro a história não é diferente: além de a maioria dos hotéis e hostels de São Paulo ter muitas reservas feitas e alguns, como a maior parte da região da av. Paulista, já estarem com sua capacidade esgotada, um recente estudo divulgado pela BSH Travel Research, divisão estatística da BSH International, empresa especializada em hospitality asset management, aponta que deverão ser investidos cerca de R$ 7,3 bilhões em novos hotéis no Brasil até junho de 2014. Nilson Heleno, recepcionista de um hotel da rua Augusta (que fica nas proximidades da Paulista), afirmou que foram feitas algumas reformas no hotel por conta do grande evento.
            Se os investimentos em novos hotéis impressionam pela pujança e crescimento em ritmo acelerado da hotelaria brasileira para os próximos anos, fica uma preocupação: de onde virão tantos turistas para garantir a taxa de hospedagem dos hotéis existentes e dos que estão sendo ampliados e, como ficará este setor depois do evento? De acordo com Glaucia Sangiovanni, gerente operacional da ABIH/SP (Associação Brasileira da Industria de Hotéis de São Paulo), a organização acredita que em São Paulo não haverá superoferta, porém em Belo Horizonte e Salvador está previsto um número maior de quartos do que a demanda.

Cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, que sempre recebem eventos internacionais (shows, feiras, palestras,congressos, entre outros), têm uma clientela constante, não sendo preocupante o crescimento de números de hotéis. Porém, cidades menores como Belo Horizonte correm o risco de entrarem numa crise da hotelaria,  pois o número de eventos que a cidade recebe é relativamente menor, além do número de turistas. Até as Olimpíadas haverá movimento, porém depois desses dois eventos de maior porte não haverá clientes para suprir a oferta de quartos de hotéis.
Avenida Paulista, que receberá a maior parte dos turistas durante a Copa do Mundo (foto: Reprodução minhascidades.blogspot.com)

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